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27 maio 2013

Desafio 10 dias de vida analógica - Dia 10 (final)

Engraçado como um desafio de 10 dias pode mudar totalmente a sua vida, já não me sinto o mesmo. Esse desafio conseguiu me atingir muito além do que o proposto. O objetivo inicial era ver o quanto existem coisas legais no mundo analógico, no mundo off-line, e o impacto foi bem maior do que o esperado.

Nesses 10 dias percebi que eu passava muito tempo conectado, seja na frente do computador, seja no iPhone, seja no iPad. Sempre estava com algum dispositivo conectado perto de mim, e não raras as vezes eu me via distraído e ansioso. Pois bem, as vezes me sentia ansioso por querer ler alguma mensagem no Whatsapp e me sentia na obrigação de responder rapidamente algum e-mail. Assim como eu, muita gente se sente assim.

Durante todos os dias desse desafio eu decidi fechar um pouco os olhos para o mundo digital e me entregar no mundo analógico... mundo que a gente pode tocar. E cada dia, cada desafio, fui descobrindo e redescobrindo, novos e antigos prazeres respectivamente.

Os aprendizados foram diários e cada etapa do desafio me ensinou algo muito importante. O desafio pode ser resumido como:

  • Dia 1: a máquina de escrever me mostrou uma coisa muito interessante, o foco, escrever (ou datilografar) mostrou o porque as pessoas estão mais improdutivas no computador, quando se escreve em uma máquina de escrever você percebe que existe uma página em branco, as teclas e você mesmo, não há distrações, por isso o trabalho rende melhor. No computador temos notificações e distrações o tempo todo. Foi quando tirei um aprendizado muito importante: na hora de escrever ou trabalhar, o melhor é desligar todas as notificações de e-mail, redes sociais e quaisquer outros itens que fiquem tirando sua concentração. É preciso de FOCO para produzir.
  • Dia 2: O coração para mim não é um símbolo de amor romântico como é para a maioria, o coração é um símbolo de carinho, de compaixão. Ter um coração para carimbar cartas, mãos, objetos e o que mais eu quiser, é lembrar a mim e as pessoas que num mundo tão agitado e corrido as pessoas acabam esquecendo de mostrar umas as outras o quanto se importa com elas, um bilhete com um carimbo de coração escrito bom dia na mesa do trabalho da pessoa que todos os dias está ao seu lado pode trazer sorrisos e tornar o dia da pessoa muito melhor. Demonstrar carinho é fundamental.
  • Dia 3: Aprender crochê foi resgatar gerações e gerações da minha família em um costume familiar, nunca pensei que teria paciência, mas nesse dia do desafio aprendi a gostar. Muita coisas da cultura da sua família são importantes de serem sempre repassadas, isso faz com que a cultura familiar seja sempre continua, e seus familiares vão ficar muito feliz por saber que você se interessa pela sua raíz familiar.
  • Dia 4: Escrever a punho, parece que deixamos de fazer isso não é mesmo? Sempre estamos digitando, no computador, no tablet, no celular, mas quantas vezes ao dia você realmente pega um caneta ou lápis e produz algum conteúdo assim de forma analógica? A minha escolha foi ter sempre perto de mim a minha moleskine, e registrar nela de forma analógica as minhas idéias mais preciosas.
  • Dia 5: Esse dia foi muito importante para mim, enviar cartas pelo correio escritas a punho para pessoas que eu trouxe do mundo virtual para o analógico, pessoas que viraram amigos, cada uma a sua forma. Falar para esses amigos o que cada um deles significa para mim foi muito especial, eu deixei em cada palavra o sinal do meu carinho e admiração por cada um. Essas coisas são tão importantes de serem ditas.
  • Dia 6: Acho que foi o dia mais intenso, aprender fazer amigurumi foi uma coisa muito difícil, é um trabalho muito detalhado e exige muita atenção e empenho, foram horas a fio fazendo o boneco, e eu não teria conseguido sem minha mãe, foi um daqueles momentos de mãe e filho produzir algo juntos sabe? Um daqueles dias que você jamais vai se esquecer.
  • Dia 7: A meditação já faz parte da minha rotina há muitos anos, mas nos últimos meses eu dei uma relaxada, portanto nesse dia afirmar esse compromisso e voltar a meditar constantemente foi um resgate e também um prazer. Mostrar um pouco dessa arte para vocês foi muito importante para mim, pois sei que é uma prática que pode beneficiar a todos.
  • Dia 8: Voltar a ler Mangás, que alegria, que nostalgia! Tantas histórias, tanta cultura, tanta felicidade em forma de histórias em quadrinhos. É preciso manter viva e resgatar a criança que vive dentro de nós. Um amor do passado de volta a minha realidade, para nunca mais sair.
  • Dia 9: Transformar um objeto antigo em decoração é algo que adoro fazer, tenho vários objetos assim. Esse foi especial, e estará sempre ao meu lado, o lembrete aqui é claro: ATEMPORAL. Nossa vida pode mudar muitas vezes, mas jamais devemos esquecer daquilo que a gente tem de bom, de melhor, nunca devemos esquecer nossos princípios, e esse objeto me traz essa metáfora de que a gente se transforma, mas nossa essência não deve ser mudada.
E agora vocês me perguntam: O que você fez no dia 10? Pois bem, no dia 10 eu decidi fazer uma coisa bem radical, passar 24 horas desplugado da internet, foi um dia 100% analógico.

De repente as horas do dia analógico foram se passando, e o dia parecia maior, mais longo e com muito mais tempo, nesse dia eu pude acordar mais cedo, tomar um belo café da manhã, ler livros, arrumar o quarto, almoçar em família, passear, passeei a tarde toda com mamãe, a noite minha irmã veio em casa e fizemos pizza, as horas pareciam intermináveis, então decidi ler mais um pouco, e no final da noite vi alguns episódios de seriado. Foi um dos dias mais longos da minha vida, e eu não senti falta da internet, pelo contrário me senti livre, como se tivesse rompendo um ciclo vicioso.

Nada de internet, nada de redes sociais, nada de check-in no foursquare, nada de perder tempo olhando o tempo todo na tela do iPhone. Foi um dia analógico.

Foi dia de estar com a pessoa que mais amo no mundo...


Foi dia de ir para uma cidadezinha que tenho um carinho afetivo, onde fiz faculdade...


Foi dia de abraçar uma árvore...


Foi dia de olhar para novos ângulos...


Foi dia de conhecer um novo Sebo...


De tomar sorvete ouvindo os pássaros cantarem...


Foi dia de tocar o céu azul e florido...


Foi dia de entrar em uma floricultura...


Foi assim, analógico, descontraído, mágico e feliz. Foi assim que terminou esse lindo desafio e me transformou em uma pessoa com um olhar diferente para a tecnologia, com um olhar mais diferente para o mundo a minha volta. A tecnologia deve servir como apoio a nossa vida e não como objetivo principal. Quero mais dias analógicos, quero mais momentos analógicos, quero uma vida mais analógica e menos digital. E assim você descobre nas páginas de um livro budista um parágrafo que resume esse desafio:

"Em geral estamos muito familiarizados pelo segundo tipo de preguiça - sentir atração por coisas sem sentido ou não virtuosas. Incorremos nela sempre que assistimos televisão horas a fio sem prestar atenção no que estamos vendo, quando alimentamos prolongadas conversas insignificantes ou nos envolvemos em esportes ou negócios arriscados. Tais atividades consomem nossa energia de praticar o Darma. Embora pareçam agradáveis ou inofensivas, destruindo a oportunidade de atingir uma felicidade verdadeira e duradoura." (GYATSO, Geshe Kelsang. Introdução ao Budismo)

Vamos abrir nossos olhos para como estamos gerindo nosso tempo on-line e fora dele. Vamos abrir os olhos e descobrir que a vida analógica é o que de fato nos faz feliz.

26 maio 2013

Desafio 10 dias de vida analógica - Dia 9

E o desafio está chegando ao fim, no dia 9 do desafio decidi voltar ao passado e resgatar um ferro de passar roupas a brasa, isso mesmo, aqueles ferros antigos que esquentam colocando brasa dentro dele (sua avó deve ter um).

Eu ganhei esse ferro de presente há algumas semanas, e me apaixonei por ele de cara, eu queria usar ele  na decoração, porém ele estava meio enferrujado e precisava de algum cuidado.

Decidi pintar ele de cor cerâmica, e aplicar alguns tecidos para dar acabamento no corpo e no cabo. Eu achei o resultado bem interessante.


Decidi preservar exposto a plaquinha com o número 4 atrás do ferro, achei muito linda.


Agora tenho mais um item vintage e analógico sorrindo na decoração da minha casa. Sempre tive essa atração por objetos antigos, e poder usá-los para decorar sempre foi uma alegria enorme (tenho vários objetos desse tipo). Gosto de trabalhar em cima deles e fazer uma nova leitura, trazendo um cara atual e ao mesmo tempo mantendo a estrutura original.

A minha amiga Maga quem me deu a idéia de aplicar tecido no ferro, ela disse "ficaria bacana dar acabamento de tecido em um ferro que já passou tantos deles" e foi nessa analogia que me inspirei nesse dia do desafio.

25 maio 2013

Desafio 10 dias de vida analógica - Dia 8

Desde pequeno sempre fui apaixonado por mangás (história em quadrinho japonês). Colecionei vários títulos e tenho um monte deles na minha prateleira de livros, um amor antigo que decidi trazer de volta nesse desafio de vida analógica. Os mangás sempre me transportaram pra dentro deles, viajando por outros lugares, culturas, e até outros tempos.

Eu sou apaixonado pelo CLAMP (grupo de mangakas) e amo todas as histórias do grupo, sendo a minha favorita Sakura Card Captors, também amo muito Wish, X-1999, Angelic Layer, Chobits, RG Veda, Magic Knight Rayearth, e tantos outros.


Ler mangás me traz muitas boas lembranças, é realmente uma felicidade enorme ler essas histórias. Passe o tempo que passar, vou continuar sempre apaixonado por mangás, por animes e pela cultura japonesa. Não adianta, tenho DNA Otaku.

Nesse dia do desafio decidi ler um dos mangás mais fofos do mundo: Wish (Clamp).

A história do mangá é assim: "Wish conta a história de Shuichiro Kudo, um médico cirurgião que um dia ajuda Kohaku, um pequeno anjo que estava sendo atacado por um corvo. Em agradecimento, Kohaku está disposto a permanecer ao lado de Shuichiro até que este lhe peça um desejo. E com o tempo, outros anjos e demônios vão se juntando ao grupo."

O mangá tem toda uma pureza, o tema é muito leve, e Kohaku tem uma doçura e dedicação sem tamanho por Suichiro, e isso me resgata muitas coisas que eu mesmo valorizo. Pode parecer estranho, mas eu me sinto muito parecido com Kohaku em vários aspectos da história. Inclusive sempre que leio Wish eu choro.

O mais legal de Wish é que ele possui em cada mangá um Omake (Capitulo extra) onde as autoras do CLAMP interagem com os personagens, é bem engraçado.

Decidi voltar a colecionar mangás novamente, mais tarde vou passear nas bancas para ver as novas publicações.

Então nesse dia do desafio a minha proposta foi essa, ler mangás e trazer toda essa felicidade em forma de histórias em quadrinhos.

24 maio 2013

Desafio 10 dias de vida analógica - Dia 7

A primeira vez que tive uma experiência com meditação foi quando eu tinha 9 anos, uma professora substituta da escola fez uma meditação guiada com a minha turma, na qual ela falou pra gente que era um relaxamento. Na época eu não entendia muito bem o que era aquilo, mas achei muito interessante.

Os anos se passaram e eu descobri por meio da meditação guiada (quando uma pessoa vai conduzindo uma meditação traçando os caminhos) um meio muito interessante de me entender e me controlar melhor. Também usava muito a meditação recitando mantras.

Há alguns anos eu descobri o budismo e me apaixonei, tanto pela doutrina como pela prática. A religião veio de forma natural na minha vida e hoje muito do que sou devo as práticas budistas. Sigo a tradição Zen Budista onde a principal prática é o Zazen (sentar zen).

O Zazen é uma meditação sentada em posição de lótus ou meia-lótus, com olhos abertos repousados para baixo, olhando para uma parede em branco. As mãos ficam em mudra cósmico.

Mudra Cósmico

O objetivo é respirar, deixar as coisas virem, sem aceitar ou recusar nada, apenas observar.


A meditação é uma prática que eu trouxe para a minha vida e me ajuda muito. Quem pratica meditação aprende a controlar sua mente e isso é muito útil para a vida. Deixamos de responder a vida por impulso, e aprendemos pouco a pouco a controlar a mente e a agir consciente perante as coisas que nos acontecem, deixando o piloto automático da reação desativado.

Existe um documentário da National Geographic muito interessante sobre meditação. Vale muito a pena assistir:


Para quem quer aprender Zazen, recomendo que procure um Templo Zen Budista e faça uma aula de Zazen para iniciantes, mas se quiser aprender desde já e/ou não tem um Templo próximo a sua casa, recomendo que leia este artigo que ensina a fazer Zazen.

Os benefícios da meditação são inúmeros. Além de controlar a sua mente, você passa a entender melhor assuntos muito importantes nas nossas vidas como: "Qual o sentido da vida?", "O que é morte?", "O que é Deus?", etc.

Todos os dias estamos o tempo inteiro fugindo de nós mesmos, nos distraímos no computador, na televisão, em um livro, e em qualquer outra coisa. Embora o dia tenha 24 horas, já parou pra pensar que praticamente não ficamos parados quietos, pensando e refletindo sobre nossas vidas, percebendo como nos sentimos? Passamos a maior parte do tempo nos ocupando e fugindo de entrar em contato com nosso interior. A meditação é muito importante justamente para isso, pois naqueles minutos onde você fica imóvel olhando para a parede não existe nada além de estar ali com você mesmo.

Se está começando agora, ou mesmo que já pratique meditação, eu recomendo as meditações guiadas para resolver problemas específicos. Recomendo as meditações da Kelly Soares, que você pode conferir no canal do youtube.

Aprender a meditar foi fundamental para que eu pudesse me tornar uma pessoa mais plena e harmônica. Experimente você também! 

23 maio 2013

Desafio 10 dias de vida analógica - Dia 6

Engraçado como esse desafio vai fazendo com que uma coisa vá se ligando a outra e as idéias vão surgindo. Nesse dia 6 decidi aceitar a sugestão de uma amiga e usar os conhecimentos de crochê aprendidos no dia 3 e tentar fazer um amigurumi de pintinho.

Amigurumi é uma técnica japonesa de fazer bichinhos de pelúcia de crochê ou tricô. O resultado final é lindíssimo, porém dá um super trabalho, mas como estou num desafio, a idéia é essa mesma, testar meus próprios limites.

Fiz uma tentativa rápida de fazer um amigurumi de coração, mas fiz com linha e agulha grossa demais e não consegui deixar ele muito bonitinho...


Então pedi ajuda pra super mamãe, que logo me informou que estava fazendo tudo errado LOL. Então ela me deu a agulha certa, a linha certa e foi me ensinando, mas como é um projeto bem difícil decidimos fazer a quatro mãos o tal do pintinho de amigurumi. Olha as mãos da mamãe me ensinando com toda paciência:


Eu fiquei encantado com o resultado.


Olha como ele é lindinho, todo invocado de ladinho... rs


Para fixar o aprendizado de vez, decidi então fazer sozinho e novamente o tal do coração de amigurumi, e o resultado foi esse?


Prática leva a perfeição... desafiar a si mesmo é uma forma muito saudável de viver a vida :)

22 maio 2013

Desafio 10 dias de vida analógica - Dia 5

No dia 4 do desafio falei sobre escrever a punho. Decidi desenvolver melhor essa idéia e resgatar um hábito antigo: enviar cartas escritas a punho pelo correio.

Lembro que quando eu era adolescente trocava muitas cartinhas com amigos que moravam em outras cidades e era um alegria enorme quando cada cartinha chegava, quando me falavam que tinham me mandado uma carta eu ficava todo ansioso esperando que ela chegasse.

Hoje em dia todo mundo só se corresponde por IM, redes sociais e e-mail. Embora as mensagens eletrônicas sejam muito legais elas jamais vão substituir o carinho em forma de carta. A textura do papel, ver a letra da pessoa, sentir o cheiro da tinta da caneta. Tudo parece ficar mais íntimo e emocionante, não é mesmo?

Por isso nessa dia do desafio decidi enviar carta para 2 amigos que vieram do virtual e se tornaram analógicos :) a Maga e o Anderson, e também para o João que ainda é meu amigo apenas no virtual, mas que em breve virá para o meu mundo real, meu mundo analógico. São amigos que tenho um zelo muito especial, cada um com seu jeitinho, mas todos me fazem muito feliz por tê-los conhecido. Na cartinha decidi escrever o que sinto por cada um, coisa que as vezes não dizemos com frequência no dia-a-dia, mas que sempre devem ser ditas.


Todas as cartinhas receberam o carimbo caseiro de coração (símbolo desse desafio) e que foram feitos no dia 2 do desafio.

Pegue a caneta, o papel e o envelope e escreva uma carta para seus amigos dizendo o que você sente por eles. Distribuir amor e sorrisos por um envelope de correio.

21 maio 2013

Desafio 10 dias de vida analógica - Dia 4

Sempre fui apaixonado pela Moleskine, aliás adoro tudo da marca. Tenho vontade de comprar todos os produtos.

A Moleskine pra mim não é só um caderninho, é um lugar onde eu coloco as minhas idéias mais preciosas. Gosto sempre de escrever nela a lápis, colocando minhas idéias, planos, pensamentos e informações pessoais que gostaria de guardar com carinho.


Eu uso o modelo menor de 9x14cm e acho o tamanho ideal para a minha utilização, gosto das folhas pautadas, porque prefiro ter uma guia para escrever. Como ela é pequena, está sempre me acompanhando na bolsa, porque nunca se sabe quando uma idéia ou inspiração vai surgir. Dizem que uma boa idéia leva alguns segundos parar surgir e poucos minutos para serem esquecidas, nesse caso o melhor é sempre bom ter a mão a minha amada Moleskine.


Papel e lápis, uma das melhores formas de exercitar a mente, escrever e desenhar faz muito bem para nossa saúde mental. Ficamos tão presos ao computador, que hoje em dia mais digitamos do que escrevemos a punho. Ter o habito de ter seu caderninho de idéias favorito, lhe ajuda a manter viva essa prática tão saudável e natural.

20 maio 2013

Desafio 10 dias de vida analógica - Dia 3

Há varias gerações a minha família materna vem cultivando a arte de fazer trabalhos com crochê, tricô e macramé. Minha madrinha, minha tia, minha mãe e até o meu avô (sim, alguns homens cultivam a arte também, e meu avô fazia macramé quando mais novo) sempre gostaram e fizeram lindas peças.

Como nosso desafio é justamente viver dias de analógico, o que mais analógico que agulha e linha? Decidi então encarar o desafio e aprender crochê. Tive uma ótima tutora: minha mãe, mas procurei pelo YouTube e encontrei um vídeo ensinando os pontos de crochê, que você pode ver aqui.

Correntinha, ponto baixo e ponto alto, entre a valsa de pontos a coisa foi tomando forma...


Decidi então fazer uma bolsinha de celular porque é um item pequeno e eu conseguiria concluir no dia, como só tinha barbante rosa em casa o jeito foi fazer uma bolsinha de menina hahaha vou presentear alguém com ela talvez.


Eu realmente adorei aprender crochê, nunca pensei que fosse dizer isso, mas é muito bacana. Distrai a cabeça, é uma ótima terapia. Corra agora pra loja de armarinhos comprar sua agulha e seu barbante :)

19 maio 2013

Desafio 10 dias de vida analógica - Dia 2

Sempre gostei muito de carimbos, desde criança. E como carimbo é uma coisa bastante analógica decidi fazer um carimbo caseiro, um carimbo de coração.


A idéia é muito simples de fazer, basta usar uma borracha comum escolar, fazer um desenho nela e cortar as laterais do desenho em diagonal para apenas ficar em relevo o desenho. Bastante simples a idéia. Basta usar uma almofada de carimbo e sair por aí distribuindo seus carimbos :)

Algumas fotos do passo a passo:



Dá pra fazer muitos e muitos carimbos dos mais diversos desenhos, gastando quase nada. Não sei se é só comigo, mas carimbar é muito divertido e mais divertido ainda é fazer um carimbo exclusivo, somente seu.

18 maio 2013

Desafio 10 dias de vida analógica - Dia 1

Nesse primeiro dia do desafio decidi resgatar ela que é a ancestral dos nossos computadores, a máquina de escrever.

Tenho essa Olivetti Lettera 82 em casa há muitos anos, a coitada estava toda empoeirada guardada em um armário lá nos fundos da casa. Ela tem uma tampa que fechada vira uma maletinha, acho que muitos de vocês já tiveram uma dessas não é mesmo?


E foi nessa assim, nesse primeiro dia de desafio que a linda Olivetti verde me trouxe uma enorme felicidade, onde pude digitar o meu poema favorito de Machado de Assis. Entre tecladas, cheiro da fita de tinta e o revelo que a escrita faz no papel. Pude sentir uma enorme nosalgia e felicidade.


Incrível como as coisas são diferentes e tão parecidas. Senti que a página em branco da tela do computador é muito mais intimidadora do que página em branco da máquina de escrever. Não sei porque, mas sempre achei que o analógico é bem mais íntimo que o digital.

Antigo, vintage e nostálgico, a máquina de escrever pode produzir coisas muito sensíveis. Já pensou que coisa mais legal receber uma carta pelo correio toda escrita com máquina de escrever? Eu ia adorar!

E nesse primeiro dia de desafio eu redescobri o amor por escrever, a arte de colocar no papel, ali próximo a você aquilo que está dentro de nossas mentes e corações. Eternizados em papel e tinta, ao som inesquecível da máquina de escrever. Acabou a linha do papel. TRIM!

Desafio 10 dias de vida analógica


Hoje inicio um desafio que vou chamar de "10 dias de vida analógica".

As vezes ficamos tão presos e escravos do mundo digital que parece não existir vida além dele. O desafio é mostrar para mim e para vocês que o digital é um forte aliado, mas existem coisas muito mais sensíveis que trazem uma enorme alegria ao serem feitas ou usadas, resgatando velhas memórias, ou descobrindo algo novo. Nem tudo o que está na tela do computador ou smartphone é o que realmente nos traz bem estar. O mundo analógico é fantástico.

A idéia é mostrar que existem muitas coisas antigas que podem ser resgatadas do fundo do armário e serem utilizadas para novos fins, também existem muitas coisas que podemos fazer de forma manual para tornar nossos dias mais divertidos e coloridos.

Acompanhem o desafio aqui no blog e pelos canais:
  • Instagram através da hashtag: #10diasdevidaanalogica
  • Tumblr

13 maio 2013

Sendo produtivo nos estudos

Depois de um bom tempo sem estudar, recentemente me vi na necessidade de fazer algumas mudanças na minha carreira, portanto decidi voltar a estudar com objetivos pontuais. Como tenho um grande volume de material para estudar em pouco tempo, vim tentando várias estratégias para me organizar e conseguir ver tudo no tempo que preciso.

Fiz algumas tentativas de como me organizar e estudar, as adaptações no processo foram necessárias.

O princípio de tudo

Para me organizar, decidi primeiramente que eu tinha que fazer uma planilha onde eu listasse todos os assuntos que eu precisava estudar, distribuídos por matérias, e com datas de conclusão do conteúdo. Essa organização prévia foi fundamental para dar andamento aos estudos.

Veja como estou me organizando:


Optei por montar uma planilha porque é mais fácil de trabalhar com o conteúdo centralizado, permitindo assim uma consulta rápida e completa. Colocar os assuntos na agenda seria um erro, visto que alguns assuntos podem demorar mais ou menos dependendo da facilidade que você tem de absorver o assunto. Sem contar que ficaria tudo misturado, os conteúdos que você precisa estudar com as tarefas do trabalho e a consulta do dentista.

Acompanhar o status do estudo também muito importante para que você saiba se está indo rápido ou devagar demais, podendo gerir melhor o seu tempo.

A primeira tentativa

Com o conteúdo todo organizado era hora de tentar um método de absorção. Então decidi fazer minhas canetinhas coloridas (tenho Bismark, Compactor e umas genéricas) trabalharem a todo vapor para criar Mind Maps (mapas mentais) sobre tudo o que eu estava estudando.

Os Mind Maps são ótimos e os uso desde 2007, sendo uma poderosa e eficaz ferramenta para memorizar e entender os assuntos que se estuda, porém surgiu ai o primeiro problema: muito conteúdo em pouco tempo, era preciso ser mais ágil, pois embora os Mind Maps sejam muito eficazes, eles levam um tempo maior para serem desenhados, sim escrever leva tempo quando você precisa ser ágil. Eu precisava ler e entender, apenas isso... Decidi então fazer a primeira adaptação: Mind Map apenas para assuntos onde eu esteja tendo dificuldades de entender, assuntos mais simples eu decidi que iria apenas ler.

E uma nova idéia surge

Quando estou no meu Home Office fica fácil rabiscar um caderno ou anotar as respostas dos exercícios no papel, mas quando estou em movimento, ou decido ir estudar em um lugar fora do escritório nem sempre papel e caneta estão disponíveis, sem contar que carregar o caderno de estudo o tempo todo pode não ser prático.

Decidi então adaptar o meu procedimento com estratégias diferentes por ambiente...

Estudando no Home Office

Decidi apenas ter meus materiais no formado PDF, por ser mais prático do que materiais impressos. Sincronizo tudo o que preciso com meu Dropbox e tenho acesso aos materiais em qualquer dispositivo (iMac, iPhone, iPad, etc). Maior facilidade que essa impossível, não é mesmo?

No meu home office o procedimento é muito simples, leio o material em PDF direto no Mac e se tenho que anotar um conteúdo mais difícil, faço através de Mind Maps feitos no papel (não gosto de Mind Map digital).

As questões também resolvo tudo na tela do Mac, apenas anotando as respostas em um papel para conferir o gabarito no final. Tenho simulados e questões direto em um site que estou usando para estudar, então praticamente tudo fica on-line (materiais, exercícios, etc). Apenas fica no papel os Mind Maps (que são feitos apenas para assuntos difíceis).

Estudando on the go

Não adianta, desde a época do meu Palm, onde eu lia mais materiais da faculdade no ônibus, enquanto ia e voltava das aulas, na tela do meu Palm, eu não consigo mais carregar coisas impressas e gosto de ter todo o conteúdo na palma da mão. Na tarefa atual o meu iPad tem me ajudado muito a estudar em qualquer lugar.

Eu acesso o material via Dropbox e abro os arquivos em PDF no app pdf-notes. O app em uma versão gratuita e uma paga sem propagandas, não podia ser melhor!

O mais legal do app é que ele acessa diretamente os arquivos do Dropbox e manda pra lá de volta, caso queira salvar o arquivo com as anotações.


A minha escolha pelo aplicativo foi simples: você consegue visualizar o pdf na tela e tem a opção de grifar, escrever e rabiscar o pdf com diversas canetas virtuais, como você faria no papel, tudo muito intuitivo.

Eu uso uma styllus para poder rabiscar na tela de forma mais natural e recomendo o uso da mesma.

Logo quando estou estudando em transito ou em outro lugar que não meu home office (as vezes prefiro estudar na minha poltrona favorita) é o iPad quem me acompanha.

Bloqueio do mundo [MODE: ON]

Eu odeio lugares barulhentos ou com ruídos (barulhos de carro, pessoas falando, etc) quando estou estudando, tudo isso tira minha concentração e me atrapalha muito, mas muito mesmo. Então decidi que precisava encontrar uma forma de "bloquear o mundo" temporariamente.

Com a ajuda dos meus fones de ouvido plugados no Mac (quando estou no Home Office) ou no iPad (quando estou on the go) coloco músicas em volume 30% e esqueço do mundo externo. Aí você deve me perguntar, ué, mas os ruídos não te atrapalham? Atrapalham sim, mas música boa não atrapalha, ajuda.

Só que eu cheguei a uma conclusão: músicas em português, espanhol ou outro idioma que eu entenda fluentemente me atrapalham muito. Então optei por apenas ouvir músicas instrumentais ou Enya. Sim, ela mesma, a nossa amada Enya, pois suas músicas me acalmam e são cantadas em 10 idiomas diferentes, logo eu tenho um plano de fundo musical que me isola de ruídos irritantes como carros, motos, pessoas falando, e me oferece uma melodia agradável e harmônica onde eu possa relaxar e me focar no que é importante: estudar.


Espero que essas dicas possam lhes ajudar a estudar de forma mais eficaz, e se vocês tiverem mais dicas, deixem nos comentários, será um prazer ouvir vocês.